Google+

Review: Dead Space 3 - Mais balas e menos gritos

Terceira edição da franquia traz novos mecanismos, porém perde elementos de survival horror


Dead Space 3 é um jogo de tiro em terceira pessoa com elementos de terror. Ele é desenvolvido pela Visceral Games e distribuído pela Electronic Arts.

A terceira edição da série mantém os elementos que a consagraram como um dos principais shooters de survival horror da atual geração de videogames, mas também traz novos mecanismos e aprofunda-se no enredo e jogabilidade.


Trama

A história se passa no ano de 2514, três anos após os incidentes na estação espacial Titan, onde o enredo de Dead Space 2 se desenrolou.
O protagonista Isaac Clarke e Ellie Langford, uma das sobreviventes de desastre na estação espacial, seguem sua vida se escondendo da Earth Government, organização responsável pelo controle e manutenção das colônias terrestres no espaço.
O game começa com uma série de ataques e revoltas por parte de um grupo religioso radical chamado Inner Circle, cujo objetivo é a destruição de laboratórios que realizam testes em Markers – origem das catástrofes acontecidas nos jogos anteriores da série e, também, peça principal para surgimento dos monstros Necromorphs.



Jogabilidade

Dead Space 3 foi claramente desenvolvido para jogadores veteranos que sabem o que estão fazendo e onde estão se metendo. Ele consegue, mesmo em dificuldades mais fáceis, ser bastante desafiador e até frustrante em algumas ocasiões.


A jogabilidade continua a mesma dos títulos anteriores – bem fluida e com respostas precisas. Porém, agora Isaac pode agachar-se e rolar para esquivar-se de ataques inimigos.

Os gráficos e a trilha sonora continuam impecáveis, como já é de costume na série. Momentos de silêncio ensurdecedor e músicas frenéticas e aterrorizantes são bem distribuídos em momentos apropriados.

Mudança no foco

Houve aumento na quantidade de cenários amplos e abertos. Vários segmentos são marcados por vales nevados e montanhas onde há muito para explorar e coletar. Com isso, Dead Space 3 perdeu um pouco de sua essência survival horror e tornou-se mais um shooter de ação.

Mesmo assim, grande parte da jornada ainda se passa dentro de corredores escuros, naves, salas, laboratórios e outros locais macabros onde há um constante clima de tensão. 

Apesar da quantidade de sustos diminuir, o número de inimigos aumentou bastante. Os Necromorphs nunca estiveram tão rápidos, ágeis e inteligentes.




Pequenas novidades

Outras adições muito animadoras incluem o modo cooperativo que, infelizmente, é apenas online. Jogando em duas pessoas é possível realizar missões com mais interação e facilidade. Em certas ocasiões os jogadores têm que tomar caminhos separados e cumprir diferentes objetivos para avançar na jornada. Ainda há a possibilidade de troca de itens, munição e armas entre os personagens.

Vários itens encontrados pelo cenário podem ser usados tanto para fabricação de armas quanto para a criação de novos itens, como munição, pacotes de cura e até mesmo chaves para portas que escondem itens valiosos.

Para ajudar Isaac encontrar mais insumos, sem desviar muito de seu caminho, há os Scavenger Bots – pequenos robôs que podem ser colocados em lugares específicos do cenário para coletar mais itens.

Ao avançar no jogo percebe-se também que, além dos já conhecidos Necromorphs, Isaac agora enfrenta um novo tipo de inimigo: os Unitologist Soldiers, soldados membros da seita Inner Circle.

Alem das missões obrigatórias para avançar na jornada de Dead Space 3, o jogador tem a opção de executar missões secundárias opcionais que, na maior parte das vezes, se resumem a coletar itens, informações da missão, ou histórias de elos perdidos na história do jogo. No entanto, esses trabalhos secundários muitas vezes se tornam repetitivos e maçantes.

Juntando o tempo empenhado para concluir tanto as missões obrigatórias como as secundárias, são totalizadas praticamente 12 horas de jogo – mais do que Dead Space 1 e 2 somados. 





Conclusão

Dead Space 3 pode não cativar, entusiasmar ou tirar o sono de alguns fãs que esperavam algo a mais da sequência de uma série revolucionária como Dead Space. A dificuldade elevada também é um fator que pode ser um empecilho e tornar a experiência frustrante.

O clima de horror é ofuscado em certas ocasiões por conta dos cenários abertos, mas é compensado pela quantidade de inimigos e pela sensação de desespero de estar sendo atacado por todos os lados.

Fora isso os elementos que já funcionavam e tornaram a série tão boa continuam presentes e fazendo bonito.

A extensa opção de armas disponíveis para serem fabricadas e os muitos itens a serem coletados fazem com que o jogador possa explorar novas estratégias de combate e incentivam o jogador a realizar missões secundárias e explorar cada canto dos cenários.

Este é um titulo quase que obrigatório para os que já jogaram qualquer um dos outros dois jogos da série. E, mesmo para aqueles que são novos ao universo de Isaac Clarke, vale muito a pena conferir.

0 comentários: